quinta-feira, 18 de junho de 2015

Diário de Bordo: Escandinávia


   Hoje, apresento documentário, em curta-metragem, roteirizado por mim. A partir da aula de Produção Documental, disciplina ministrada pelo Guto Neto (na Facha), tive o lampejo de uma ideia a produzir um documentário de viagem sobre minha viagem a trabalho em navios, realizada ano passado, por alguns países da Escandinávia e do Mar Báltico.

  Uma observação pontua pelo professor, que marcou o dilema de iniciar o roteiro foi: fazer um filme a partir de registros que não foram pensados inicialmente para uma produção audiovisual.

   Gostaria de agradecer aos meus amigos Victor Lima e Aline Damasceno, que fizeram a "criança nascer" na edição!

    Espero que você goste:


DIÁRIO DE BORDO:
ESCANDINÁVIA



terça-feira, 16 de junho de 2015

Concurso Bailarinas do Faustão: O erro de Fausto Silva.

    O tão criticado "Concurso da nova bailarina do Faustão" tem causado alvoroço nas redes sociais a cada domingo. Principalmente, na classe da dança que faz críticas à vulgarização da profissão, no país, ao aprovar em pré-seleções jovens, que se dizem bailarinas, sem técnicas, desenvoltura e, claramente, sem estudo desta arte.

     Depoimentos de participantes como "não sou bailarina, mas amo dançar", estão questionando o posicionamento de Fausto Silva e sua equipe. Pois, ano passado o apresentador do programa defendeu seu ballet ao rebater a ex-BBB14, Tatiele, que afirmou "se nada der certo, eu posso virar uma bailarina.", e sem hesitar o Faustão disse: " aí que você se engana.Tem que estudar muito. E, acho que é difícil na sua idade virar bailarina. Normalmente, começa ainda criança."

     Já houve manifestação opinativa, por meio de rede social, de membros atuais do Sindicato dos Profissionais da Dança do Estado do Rio de Janeiro. Talvez, esta lamentável novela que vai ao ar todo domingo (e está longe do fim), se torne o estopim para o inicio de uma união que a classe brasileira da dança necessita para benefícios e melhores condições de trabalhos para todos.

segunda-feira, 15 de junho de 2015

E, enquanto a hora não passa... Dreamgirls!

... Decidi postar um vídeo que mostra a meu primeiro trabalho coreográfico, em competições de dança, em 2011. Com muito apoio e incentivo da minha mãe, além da credibilidade e confiança da academia Centro de Dança Rio, dirigida pelas Mariza Estrella e Angela Ferreira.

   Coreografia sempre muito elogiada e com as melhores colocações, às bailarinas e amigas Helena Sant`Anna, Moira Osório, Júlia Mattos, Ana Carolina Bahiense, Nayanne Cavalcante e Natália Bravo só tenho meu muitíssimo obrigada por acreditar e embarcarem juntas nesta que tanto amamos: a dança.



14/06/2015

    No último domingo, seria dia de uma apresentação, no Teatro Miguel Falabella, com coreografia premiadíssima, STYLES, de um dos mais respeitados talentos de dança de rua deste país, que honrosamente é meu amigo e foi meu primeiro professor do estilo, Julio Bottoni.

    Eram 06h, quando levantei da cama e senti vontade de ir à cozinha quando vi minha mãe caida no chão. Foram trinta minutos entre gritos, desespero desejando que fosse apenas um sonho muito ruim, pedidos de socorro ao meu pai e à vizinha, ligações para emergência, tentativas de reanimá-la, orações... Até que finalmente chegamos à Casa de Saúde Grande Rio, com minha mãe caminhando pelas próprias pernas, reclamando que queria tomar banho e dormir em sua cama.

  Nunca me julguei alguém calmo e persuasivo, mas logo senti que quando se trata da VIDA da sua própria mãe parece que uma clareza se faz na mente e tudo flui instintivamente. De súbito, a psicologia infantil, adquirida nos meus tempos de professora de aula de Jazz Dance, se manifestaram como mágica para convencer minha própria mãe a ficar calma, não forçar a mente e aceitar fazer uns exames que logo seria liberada. Por mais que eu soubesse que esse último aspecto fosse mentira.

    Após algumas horas foi dado o diagnóstico: AVC Isquémico. Desabei nos braços do meu pai, que me amparava com palavras para manter a calma. Tudo em vão. Senti como se desabasse de um precipício sem fim. AMO meus pais. São meu real e mais pura forma de amor encarnados. Não importa se tenho 26 anos, não quero ver meus pais apenas nos finais de semana, e olhe lá! Não consigo ficar bem se um dos dois está mal, triste ou com dor. Por horas a internação eu só conseguia chorar.

     No mesmo dia, mais tarde( no horário de visitas), o médico Luis Carlos explicou que o quadro era estável e não teria sequelas (amém!), mas ela ficaria em observação, pois os dias posteriores são os mais agressivos.

     As razões para o fato? Uma coisa já era conhecimento: hipertensão que ela, por teimosia, não tratava como se deve. Diabetes, uma manifestação recente, ou melhor no mesmo dia, oriunda de um histórico familiar. Excesso de peso que sempre barrava as dietas mal iniciadas. E, uma novidade: princípio de depressão. Com isto, várias possíveis razões: fantasmas de problemas sérios familiares "desenterrados", acarretado a falta de verbalização dos sentimentos e vontades, mistos com muito orgulho.

    Na mesma noite, fui à missa orar, chorar muito, refletir, pedir... A primeira madrugada sem minha mãe em casa, foi a pior entre todas da minha vida. Um turbilhão de sentimentos sem fim. Com os ouvidos atentos à mínima chamada do telefone, pensamentos que não cessam, preocupação, ansiedade... Enfim amanhece, e assim pude ligar para a clínica e ter notícias: quadro estável, pressão e glicose normais. Agora sim. Aos poucos, um sorriso estampa meu rosto, e agradeço a Deus e a equipe na clínica.

     Minha hora mais feliz é a da visita. Duração de apenas uma hora, mas tento prolongar cada minuto junto com minha mãe falante, consciente, chorona, perfeita... Minha vida! Ao fim da visita, o médico diz que irá se juntar com um especialista em neurocirurgia para ver o resultado de uma ressonância do cérebro. E, à noite iriam começar a tentar retirar o remédio que de tempos em tempos eram injetados automaticamente através de uma máquina programada. Assim, conforme o resultado na manhã seguinte, ela talvez siga para o quarto... Nunca vi demorar tanto para amanhecer e poder ligar e ter notícias da minha mãe!!!!