Eram 06h, quando levantei da cama e senti vontade de ir à cozinha quando vi minha mãe caida no chão. Foram trinta minutos entre gritos, desespero desejando que fosse apenas um sonho muito ruim, pedidos de socorro ao meu pai e à vizinha, ligações para emergência, tentativas de reanimá-la, orações... Até que finalmente chegamos à Casa de Saúde Grande Rio, com minha mãe caminhando pelas próprias pernas, reclamando que queria tomar banho e dormir em sua cama.
Nunca me julguei alguém calmo e persuasivo, mas logo senti que quando se trata da VIDA da sua própria mãe parece que uma clareza se faz na mente e tudo flui instintivamente. De súbito, a psicologia infantil, adquirida nos meus tempos de professora de aula de Jazz Dance, se manifestaram como mágica para convencer minha própria mãe a ficar calma, não forçar a mente e aceitar fazer uns exames que logo seria liberada. Por mais que eu soubesse que esse último aspecto fosse mentira.
Após algumas horas foi dado o diagnóstico: AVC Isquémico. Desabei nos braços do meu pai, que me amparava com palavras para manter a calma. Tudo em vão. Senti como se desabasse de um precipício sem fim. AMO meus pais. São meu real e mais pura forma de amor encarnados. Não importa se tenho 26 anos, não quero ver meus pais apenas nos finais de semana, e olhe lá! Não consigo ficar bem se um dos dois está mal, triste ou com dor. Por horas a internação eu só conseguia chorar.
No mesmo dia, mais tarde( no horário de visitas), o médico Luis Carlos explicou que o quadro era estável e não teria sequelas (amém!), mas ela ficaria em observação, pois os dias posteriores são os mais agressivos.
Após algumas horas foi dado o diagnóstico: AVC Isquémico. Desabei nos braços do meu pai, que me amparava com palavras para manter a calma. Tudo em vão. Senti como se desabasse de um precipício sem fim. AMO meus pais. São meu real e mais pura forma de amor encarnados. Não importa se tenho 26 anos, não quero ver meus pais apenas nos finais de semana, e olhe lá! Não consigo ficar bem se um dos dois está mal, triste ou com dor. Por horas a internação eu só conseguia chorar.
No mesmo dia, mais tarde( no horário de visitas), o médico Luis Carlos explicou que o quadro era estável e não teria sequelas (amém!), mas ela ficaria em observação, pois os dias posteriores são os mais agressivos.
As razões para o fato? Uma coisa já era conhecimento: hipertensão que ela, por teimosia, não tratava como se deve. Diabetes, uma manifestação recente, ou melhor no mesmo dia, oriunda de um histórico familiar. Excesso de peso que sempre barrava as dietas mal iniciadas. E, uma novidade: princípio de depressão. Com isto, várias possíveis razões: fantasmas de problemas sérios familiares "desenterrados", acarretado a falta de verbalização dos sentimentos e vontades, mistos com muito orgulho.
Na mesma noite, fui à missa orar, chorar muito, refletir, pedir... A primeira madrugada sem minha mãe em casa, foi a pior entre todas da minha vida. Um turbilhão de sentimentos sem fim. Com os ouvidos atentos à mínima chamada do telefone, pensamentos que não cessam, preocupação, ansiedade... Enfim amanhece, e assim pude ligar para a clínica e ter notícias: quadro estável, pressão e glicose normais. Agora sim. Aos poucos, um sorriso estampa meu rosto, e agradeço a Deus e a equipe na clínica.
Minha hora mais feliz é a da visita. Duração de apenas uma hora, mas tento prolongar cada minuto junto com minha mãe falante, consciente, chorona, perfeita... Minha vida! Ao fim da visita, o médico diz que irá se juntar com um especialista em neurocirurgia para ver o resultado de uma ressonância do cérebro. E, à noite iriam começar a tentar retirar o remédio que de tempos em tempos eram injetados automaticamente através de uma máquina programada. Assim, conforme o resultado na manhã seguinte, ela talvez siga para o quarto... Nunca vi demorar tanto para amanhecer e poder ligar e ter notícias da minha mãe!!!!
Na mesma noite, fui à missa orar, chorar muito, refletir, pedir... A primeira madrugada sem minha mãe em casa, foi a pior entre todas da minha vida. Um turbilhão de sentimentos sem fim. Com os ouvidos atentos à mínima chamada do telefone, pensamentos que não cessam, preocupação, ansiedade... Enfim amanhece, e assim pude ligar para a clínica e ter notícias: quadro estável, pressão e glicose normais. Agora sim. Aos poucos, um sorriso estampa meu rosto, e agradeço a Deus e a equipe na clínica.
Minha hora mais feliz é a da visita. Duração de apenas uma hora, mas tento prolongar cada minuto junto com minha mãe falante, consciente, chorona, perfeita... Minha vida! Ao fim da visita, o médico diz que irá se juntar com um especialista em neurocirurgia para ver o resultado de uma ressonância do cérebro. E, à noite iriam começar a tentar retirar o remédio que de tempos em tempos eram injetados automaticamente através de uma máquina programada. Assim, conforme o resultado na manhã seguinte, ela talvez siga para o quarto... Nunca vi demorar tanto para amanhecer e poder ligar e ter notícias da minha mãe!!!!
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